Albert Einstein
Laurent Seksik“O estabelecimento de uma cooperação entre judeus e árabes não é um
problema da Inglaterra, e sim nosso. Judeus e árabes, devemos nos
entender nós mesmos sobre as linhas diretivas de uma política de
comunidade eficaz e adaptada às necessidades de nossos dois povos.”
(Einstein)
Não, Albert Einstein (1879-1955), alemão de nascimento que se tornou
suíço e depois americano, não participou da construção da bomba atômica,
mas de fato escreveu a Roosevelt, então presidente dos Estados Unidos, a
fim de convencê-lo a fazer frente às pesquisas nazistas quanto aos
avanços que levariam à bomba nuclear. Ele não obteve o prêmio Nobel de
física por sua teoria da relatividade, mas por sua audaciosa hipótese
sobre a natureza corpuscular da luz. Foi um pai amoroso que adorava os
filhos, mas jamais revelou o terrível segredo que pesava sobre a filha,
Lieserl. Apesar de sionista engajado, declinou, em 1952, a presidência
do Estado de Israel. Na velhice, décadas depois de seus livros terem
sido queimados na Alemanha nazista e de ter sido perseguido pela
Gestapo, ele foi considerado “inimigo da América” pelo senador McCarthy.
Homem extraordinário, profundamente pacifista, humano e politizado,
que nunca hesitou em mostrar a língua para certezas estabelecidas,
Einstein, em sua estelar e comovente trajetória na Terra, reinventou a
concepção humana sobre o universo.